quarta-feira, 16 de março de 2011

A desdentada

   Esperei alguns dias para escrever sobre as fotos da Marinoca desdentada, achando que finalizaria o texto com a fotinho dos primeiros dentes...

   Que nada...ela morde e morde incansavelmente tudo o que encontra pela frente, da perna dos óculos aos dedos do pé, mas os dentinhos tão esperados nem querem saber de aparecer.

   Se tivesse escrito uma cartinha para uma dessas revistas eletrônicas que respondem todas as dúvidas das mamães de 1ª viagem, imagino que a publicação com a resposta ficaria assim:






    "Minha filha tem 10 meses. Por que ela não tem nenhum dente ainda? Quando nascem os primeiros dentes do bebê e o que fazer para aliviar o desconforto nas gengivas?


    Querida mamãe, não se preocupe. Normalmente os primeiros dentes irrompem aos 6 meses de idade, concluindo-se a erupção dos dentes de leite até os 3 anos. Ao todo, são 10 dentinhos na arcada de cima e 10 na arcada de baixo, mas não fique surpresa se até o primeiro aniversário de sua filha nenhum dente aparecer ao mundo. É normal um atraso de até 8 meses.


   Os primeiros dentes a aparecer são os incisivos centrais inferiores. Depois aparecem os incisivos centrais superiores, seguido pelos incisivos laterais inferiores. Por volta de 1 ano e meio surgem os incisivos laterais superiores. Então começa a erupção dos dentes mais posteriores como os primeiros molares, os caninos e os segundos molares.

   Os principais sintomas do aparecimento da primeira dentição compreendem:

·         gengivas doloridas e inflamadas – a dor, desconforto e gengivas inflamadas se explicam pela pressão exercida contra o tecido das gengivas à medida que a coroa do dente rompe as membranas;
·         febre baixa;
·         face quente e vermelha;
·         o bebê pode ficar assado da fralda;
·         salivação abundante - as bochechas do bebê podem ficar vermelhas e rachadas como conseqüência da baba;
·         vontade de morder objetos duros, Seu bebê pode mastigar ou chupar os dedos ou procurar um objeto para morder e mastigar;
·         os padrões de sono e da alimentação alteram-se como o surgir da perda de apetite;
·         irritabilidade e dificuldade em dormir - o bebê em dentição fica facilmente irritado e mais inquieto do que o normal, às vezes acordando de hora em hora durante a noite;
·         constantes choros; e
·         tendência à congestão nasal, que pode levar a resfriados ou infecções de ouvido.

    Dar objetos para morder, como um anel especial para massagear gengivas, ou mordedores com rugosidades, estrias, etc, são uma boa alternativa, porque aliviam à medida que massageiam as gengivas.  Alguns mordedores podem ficar na geladeira, assim o alívio será maior, porque o frio ajuda a confortar a região.

   Uma fralda de pano comum com a ponta embebida em água bem fria também será uma boa solução momentânea.

    Boa sorte!"


    Fonte: Ler aqui




segunda-feira, 14 de março de 2011

Palavrório

    A Marina tem treinado bastante pra se comunicar melhor com os adultos. Abaixo deixo amostras da evolução da baixinha, em ordem cronológica decrescente.
    
     Vídeo 1: Marina diz "batata!"
     Vídeo 2: Marina atende o celular
     Vídeo 3: Marina conta resumidamente a manhã
     Vídeo 4: Marina nasce e mostra dá oi ao mundo.











O batismo

  Sem dúvida o batismo é um momento de extrema alegria, um ato litúrgico de inserção numa comunidade, um compromisso de fidelidade assumido com Deus e o seu povo diante de uma comunidade de fé. 
  E assim, como símbolo de fé, celebramos o batizado de Marina. Abaixo deixo alguns dos lindos momentos vividos naquele sacramento.










domingo, 13 de março de 2011

Os padrinhos



    Quando se convida um casal para padrinhos, perante a Igreja Católica, é preciso que seja casado na Igreja, já que o lar cristão se forma pelo sacramento do matrimônio.
    Eu expliquei para o padre, porém, que eu vivia uma situação especial, já que meu marido era judeu e por isso eu não havia casado perante a igreja, além do que eu tinha uma história especial vivida ao lado de três casais que estiveram muito perto da vida da Marina, e assim permanecem até hoje.
     O padre me tranquilizou sobre as exigências da igreja, assegurando-me que há muito mais coisas que nos unem do que nos separam. Portanto, se era minha vontade ter mais de um casal de padrinhos, tudo bem. Se o meu marido quisesse ou não participar da cerimônia, tudo bem também, desde que houvesse respeito e amor entre nós.
    E assim foi que convidei para padrinhos as pessoas que estão mais presentes em nossas vidas e na vida da Marina, guiando-me pela idéia de que quanto mais presente na vida da criança os padrinhos forem, melhor para ela, já que contará com um apoio especial, de pessoas com valores e pensamentos semelhantes aos dos pais.
   Além disso, sei muito bem que todos eles têm em mente as responsabilidades que essa honra simboliza, tanto quanto ao acompanhamento da Marina, quanto em relação aos cuidados com a educação, bem-estar e demais preocupações para o seu desenvolvimento, como qualquer pai e mãe naturalmente fariam.
    O mais importante, acima de tudo, é saber que todos eles têm fé, que vivenciam esta fé e que são nossos amigos. Agradeço imensamente  por dizer que vocês são os padrinhos da Marina!



Lu e Gustavo

Simone e Jr.

Uziel e Taci

Preparação para o batismo


Era dia 06 de fevereiro (dom), e chovia bastante. Minha vovó ficou cuidando até a chegada na Ig. Nossa Sra. das Graças pra eu não me molhar.


E olha ali como foi que eu cheguei: o primo Marconi com o guarda-chuva, a vovó comigo no colo e o Vitor garantindo que não topássemos pelo caminho.


Na entrada da igreja, uma pose especial ao lado da vovó. Que lindo!!!


Pra garantir que todos tivessem o registro do batismo, a vovó e o primo Marconi fizeram questão de fazer as fotinhos. Olha só a felicidade!


Família da mamãe lá em casa!


   Na primeira semana de fevereiro estiveram lá em casa a avó materna da Marina, minha madrecita, e meu primo Marconi.

   Vieram para conhecer a pitoquinha e participar do batizado, que aconteceu no dia 06 de fevereiro e será tema do próximo tópico. Abaixo deixo o registro de nosso encontro feliz.




   Saudades de vocês, sempre! 

Um encontro especial

   Vocês recordam da história da Isabella? Eu contei um pouquinho da experiência desta menina espetacular aqui no blog, e quero registrar que pessoalmente ela é ainda mais linda!


   Abaixo deixo uns cliques do encontro dela e da Marina, que aconteceu no último dia 26 de janeiro. Estavam conosco também a Maninha, Rafa e Simone, avó e tios da Isabella.






   Tivemos uma longa e fraterna conversa, e ficamos muito, muito felizes em conhecer mais detalhes dessa família nota 10!


   Quero agradecer à Maninha e à Cláudia pela oportunidade!


    

sábado, 12 de março de 2011

A dor é minha, a dor...


  Oi gente! Desculpem pela pausa nas atualizações. Vários amigos comentaram que muitas coisas já haviam acontecido com a baixinha e que o blog estava ficando sem notícias novas. Pois é...mas é que a mamãe coruja esgotou o  estoque mental de otimismo, serenidade e pragmatismo. 

  Explico. Do final de janeiro pra cá tive que enfrentar aquele monstrengo batizado de "depressão" no meio médico, uma doença que altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, como entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e prazer pela vida.

   De minha parte, precisamente no final de janeiro, perdi o chão...A Marina foi internada (mais uma vez...) para investigar uma disfunção respiratória que descreveram como taquipnéia, um problema que poderia estar relacionado a patologia grave e rara, considerando o histórico da minha pequena.

   Por acaso lembram que raro é uma palavrinha que não aprecio muito? Pois é, a Marina ficou em observação por dois dias na emergência pediátrica do hospital, já que a frequência respiratória dela estava muito alta.

 De imediato, descartaram-se danos ou comprometimento da oxigenação para o organismo. Ela estava com esforço respiratório maior, mas sem queda de saturação ou comprometimento para as trocas gasosas no sangue. Não me perguntem detalhes porque não li nada pra entender isso melhor. Nem quero...

   Descartamos também problema cardíaco  ou pulmonar durante a internação, e saímos com uma recomendação de pesquisa genética ,e neurológica para conectar este novo sintoma ao quebra-cabeças ainda incompleto da Marina.

   Adivinharam? Sim, corrida a médicos e laboratórios, tudo pra ontem. Em duas semanas, a Marina já havia consultado cardiologista, neurologista, geneticista, pediatra, pneumologista e otorrinolaringologista, além de ter realizado um punhado de exames para avaliação rigorosa do novo sintoma.

   Depois de várias idas e vindas, sem qualquer evidência maior, a não ser uma inexpressiva falha no septo interatrial (CIA ostium secundum), sobrou uma suspeita que poderia explicar a respiração acelaridinha dela: uma obstrução nas vias respiratórias, quem sabe até um "calinho" no ponto onde realizada a cirurgia da malácia. Noutro tópico explico isso melhor.

   Onde eu parei? Ah, sim...a minha cabeça, que há tempos já estava apitando e soltando fumacinha como panela de pressão, passou do ponto e explodiu...O Rafa  bem que avisou que eu deveria cuidar a hora de "desligar", mas eu não quis ouvir. 

   Resultado: tive que que fazer uma faxina mental, dispensar o que se perdeu na explosão, recuperar o que se danificou, começar de novo a "receita" da vida, aprendendo a conhecer melhor o "tempo" da pressão pra cada situação vivida. 

   O importante mesmo, e o que quero dividir com vocês como resultado desta experiência, é que ninguém conhece a nossa dor e os nossos limites melhor do que nós mesmos. Então a primeira coisa a fazer é não comparar. 



   Sim, o sofrimento  da  Maria é gigante porque o filho dela tem tumor cerebral. Sim, o João é viciado em crack e abandonou a família. Sim, a Janaína sofreu um acidente, amputou uma perna e jamais vai poder ser a bailarina que sempre sonhou...

  Sim, todos nós conhecemos alguma história com dificuldades, algumas maiores, outras menores do que as nossas próprias. Mas vejam, a minha dor é só minha e dela não devo descuidar, porque a minha reação é única e os meus limites não são os mesmos que os seus, que os do João, que os da Maria ou  da Janaína.

   Digo isso porque no curso de minha neófita vida conheci muitas, muitas histórias tristes, e nunca me dei espaço para sentir inteiramente a dor de minhas próprias dores, pensando que já vira tantas situações mais difíceis, enfrentadas sempre de forma aguerrida por pessoas de carne e osso, que parecia ser um insulto me curvar aos meus problemas.

   Pois agora tenho consciência de que não, não há nada de errado em cuidar de si, da dor que se sente, funda ou rasa, apunhalada ou cortante, consciente ou errante. Importante é conhecê-la, na velocidade que nossa curiosa mente permitir, pra daí dimensionar a dor e apaziguá-la em nosso espírito, permitindo que possa entrar, então, a felicidade. 

    Fosse uma dor de amor, eu cantaria "aos outros eu devolvo a dó...eu tenho a minha dor", como fez poética e docemente a Marisa Monte, em De Mais Ninguém. Mas como entraram em cena indagações diversas sobre meus papéis (de mãe, de esposa, de profissional, de mulher), não consigo ser sintética e diretiva sobre essas veredas que percorro hoje, mas posso assegurar que estou a destino da felicidade.

    O poeta mineiro Emílio Moura, a propósito, é citação perfeita para o tema, quando afirma que dói realmente é a vida que não se vive! Deixo a poesia dele abaixo e a reflexão bem apanhada do Prof. Dr. João Luís de Almeida Machado no link.

"Canções
Viver nao dói. O que dói é a vida que se não vive. Tanto mais bela sonhada, quanto mais triste perdida. Viver não dói. O que dói é o tempo, essa força onírica em que se criam os mitos que o próprio tempo devora. Viver não dói. O que dói é essa estranha lucidez, misto de fome e de sede com que tudo devoramos. Viver não dói. O que dói, ferindo fundo, ferindo, é a distância infinita entre a vida que se pensa e o pensamento vivido. Que tudo o mais é perdido." 



  Assim, queridos leitores, voltamos pra ficar! Aguardem as próximas postagens!